Vida

Desde que que foi a São Paulo, ele não conseguiu pensar em mais nada, teve sua alma capturada e soube onde seria sua morada.

Entendeu cada palavra do hino “Sampa” de Caetano, seu destino estava escrito ali, não havia engano.

Uma mistura mágica de sotaques, etnias e esperanças pulsava entre arranha-céus gerando mutantes danças.

Descobriu na selva de pedra uma forma não convencional de beleza, essa conectou-se com a sua natureza e amalgamou-se com firmeza e profunda delicadeza.

Ali, com suas incertezas expostas, encontraria suas respostas, teria acesso a novas propostas e jogaria todas suas fichas em inéditas apostas.

Caminhando livre na garoa, sentiria-se o comandante na proa e faria, sem dúvida, sua vida se tornar boa.

São Paulo, seu oásis nesse imenso deserto, sua Shangri-lá que sempre esteve tão perto, destino final de todo seu afeto.

Estava escrito, seria paulista, não de nascimento, mas sim de coração; fincaria suas raízes nesse chão e libertaria toda sua emoção nessa terra especializada em realizar cada doce ilusão.

Por Leonardo Andrade

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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo email sandra.veroneze@pragmatha.com.br