A escritora Conceição Maciel dá vida a um novo projeto literário, desta vez com coração e mente conectados à consciência ecológica. “Prosa e Versos à Amazônia”, pela Pragmatha Editora, foi contemplado com a lei Paulo Gustavo Pará. Nesta entrevista, a autora fala sobre inspiração, sobre o processo criativo e, entre outros assuntos, sobre o legado que pretende deixar. Confira.
Quem é Conceição Maciel?
Essa é a pergunta mais difícil de responder, pois nunca fui boa de falar sobre o meu “eu”, entretanto, a parte que mais admiro em mim mesma é a de ser mãe, depois a de ser avó e escritora, mas ser especialmente mulher é o que realmente me define. Em alguns aspectos sou um pouco reservada, gosto de preservar a minha vida pessoal, mas quando se trata da minha vida enquanto escritora, aí eu faço questão de mostrar. Tenho uma natureza alegre e expressiva e isso puxei à minha mãe; sou sensível e ao mesmo tempo forte; gosto de caminhar ao ar livre e me sinto feliz com as coisas simples da vida; sou uma pessoa organizada e sempre me programo para que tudo ocorra da forma como imaginei. Nem sempre isso acontece, mas nem tudo na vida é perfeito, não é? Sou mãe da Nathalia, do Rodrigo e da Bruna e avó do João Bernardo e do Adryan. Sou mãe literária de quatro rebentos: Delicadezas, Caminhos, Prosa e Versos à Amazônia e Téo e o Fantoche e de tantos outros filhos literários ainda em fase embrionária. Sou dedicada e persistente e pretendo continuar lutando e conquistando meus ideais.
Como surgiu a ideia do livro?
Ao ler o edital da Lei Paulo Gustavo Pará, percebi que havia uma exigência: que os projetos direcionassem para a Amazônia, então reuni alguns poemas que eu já havia escrito, escrevi outras e mais três contos que estavam prontos e juntei num só recipiente e surgiu o Prosa e Versos à Amazônia; falando assim até parece fácil, né? Com certeza não foi.
Como foi o processo de inspiração e escrita?
Como falei anteriormente, alguns poemas estavam prontos, mas não eram suficientes, então tive que escrever outros poemas, mas não foi fácil, pois a inspiração não é um ato contínuo, ela vem e vai de forma repentina. Mas, graças a Deus, a Amazônia e a natureza como um todo sempre me inspiraram e nasceu Prosa e Versos à Amazônia antes mesmo do resultado final da Lei Paulo Gustavo.
A quem ela se destina?
“Prosa e Versos à Amazônia” se destina ao público em geral. Ela é composta por poemas e contos que expressam os encantos e as dores da Amazônia. Parte dos exemplares será doada para alunos do 3° ano do Ensino Médio de dois distritos de Capanema: Tauari e Mirasselvas. O restante será comercializado, entretanto, penso que a obra terá uma grande responsabilidade, a de levar a reflexão, principalmente, aos alunos apontados no projeto.
A obra pretende deixar alguma mensagem?
Quando se fala da Amazônia, sempre se usa uma voz mais incisiva, forte, seja para elogiar ou para chamar a atenção para o que vem acontecendo há muito tempo. Na obra, eu falo dos rios, das queimadas, homenageio algumas cidades do Pará, cito a lenda da Iara e do Boto que são duas lendas paraenses muito conhecidas, e enalteço as belezas da Amazônia. É uma obra para se deleitar, conscientizar e refletir. Espero que os leitores gostem.