O Grêmio Literário Patrulhense existe desde 1989 com o firme propósito de fortalecer a literatura no município do litoral norte gaúcho. Nos dois últimos anos, foi presidido pelo escritor Márnei Consul, que faz, nesta entrevista, um breve balanço do período. Confira:

Depois de dois anos à frente do Grêmio, qual é o sentimento?
Tenho sentimento de dever cumprido, mas também de que poderia fazer mais. Sempre queremos fazer mais por aquilo em que acreditamos, porém dependemos de fatores externos para que isso ocorra. De qualquer forma, eu e meus colegas de diretoria (Monique, Rosalva, Mario Antônio e Ana Clara) desenvolvemos um bom trabalho.
Que conquistas da gestão você destaca?
Sem dúvida, a realização de duas obras com recursos federais, da Lei Paulo Gustavo e da Política Aldir Blanc. Conseguimos editar, pela Pragmatha, dois volumes do “Enquanto isso, em Santo Antônio…”, sendo o primeiro volume com contos de alunos da rede pública de ensino, e o segundo com poemas do público integrante do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Além disso, tivemos expressivas participações nas edições da Feira do Livro de Santo Antônio da Patrulha de 2023 e 2024.
Quais foram os maiores desafios deste período?
Para mim, num mundo que lê cada vez menos, o maior desafio é continuar incentivando a leitura e a escrita. Nesse sentido, o Grêmio Literário cumpre seu papel, por meio de obras cooperativadas e oficinas diversas.
Como você avalia a literatura em Santo Antônio da Patrulha sob o ponto de vista da leitura?
É preciso incentivar a leitura cada vez mais. Talvez, o caminho seja uma leitura mais rápida, como poemas ou contos, a fim de que isso chegue ao público mais jovem patrulhense. Nosso povo lê bastante, mas isso sempre pode melhorar.
E sob o ponto de vista da escrita?
Creio que os patrulhenses gostam muito de escrever crônicas e textos de memórias, até pelo rico passado histórico da cidade. Temos muitos escritores aqui. Prova disso é a existência do Grêmio Literário Patrulhense desde 1989.