A escritora Giovana Schneider está preparando, pela Pragmatha Editora, a segunda edição de seu livro que conta a história e memórias do município de Marechal Floriano, no Espírito Santo. Nesta entrevista, ela fala sobre suas fontes de pesquisa e inspiração, sobre o processo criativo e mais!
Como surgiu a ideia de publicar um livro sobre a história e memórias de Marechal Floriano?
Até falo um pouco a respeito na introdução do livro. Viemos morar na rua Belarmino Pinto, eu tinha uns oito anos de idade, e o nome daquele homem me despertou uma certa curiosidade. Mas não obtive respostas. Depois fiquei pensando quem foi Marechal Floriano, o que levou a cidade ter este nome, e tal. Até falavam que o Marechal havia passado por aqui, depois fiquei sabendo que não poderia, pois ele havia falecido em 1895, e a estação ferroviária foi inaugurada em 1900. Minha curiosidade só aumentava. Tudo começou depois que tive o blog em 2010, quando passei a postar fotos antigas de Marechal, depois umas curiosidades, e veio a ideia do livro para deixar registrado.
Quais foram suas fontes de pesquisa?
Moradores antigos, jornais impressos que circulavam antigamente, hemeroteca digital também. E o meu querido pesquisador incansável, Jair Littig, pessoa muito generosa.
Quanto tempo você dedicou à obra?
Eu comecei em 2014. Como nunca havia escrito algo parecido, fiquei um pouco perdida. A minha amiga Geria, no começo, me deu uma direção. Em 2016 não escrevi nada, pois minha mãe havia fraturado o fêmur e foram momentos delicados. Finalizei no começo de 2018. Tive a grande ajuda da Geria, professora de história, e Regina, professora de português.
Quais foram seus maiores desafios na feitura da pesquisa?
A disponibilidade de algumas pessoas. Também percebi algumas informações desencontradas. E, infelizmente, teve pessoas que já morreram e levaram com elas histórias importantes. Mas no final deu tudo certo.
A obra apresenta um breve histórico de muitas personalidades e seus feitos em prol do município. De que forma elas podem hoje nos inspirar?
Eram pessoas que queriam o melhor para Marechal Floriano. Se hoje Marechal é município, com certeza muitas dessas personalidades fizeram a diferença. Coloquei somente algumas; terei oportunidade num outro livro colocar mais personalidades. Foram pessoas que trabalharam para o bem do povo, e isso é inspirador. Não podemos deixar que caiam no esquecimento.
O que mudou em você, produzindo este livro?
Fiquei orgulhosa, isso não posso mentir. Uma amiga me falou uma coisa sobre a qual fiquei pensando: “Quando você coloca uma ideia na cabeça, difícil tirar, hein…” E realmente ela tem razão. Um pouco das memórias de Marechal está registrado, e isso é maravilhoso. Eu quero ver Marechal no topo, aqui tem história, temos que divulgá-las.