Cleia Dröse apresenta uma vasta produção literária. Já escreveu livro infantil, romance, poesia… É autora de livros como O Dodecaedro, O quarto Pilar… Mas como ela se percebe e reconhece no papel existencial de escritora? Confira!
Quando você se deu conta de que queria ser escritora?
Sempre gostei de escrever, mas a decisão de querer ser escritora veio tarde, por volta dos 40 anos, quando obtive uma classificação num concurso literário.
Você tem manias ou superstições?
Não sei se posso considerar mania ou superstição, mas gosto de estar em companhia apenas de meus bichanos quando me proponho a escrever.
Qual seu maior sonho como escritora?
Ser lida. Um livro na estante é só um maço de papel; um livro na mão do leitor adquire vida, significado. Sinto-me realizada quando alguém comenta algo de minhas obras.
Que etapa da produção de um livro você mais gosta?
O momento da escrita é mágico. Criamos um mundo paralelo, interagimos com outra realidade. Os eventos são gratificantes, mas nada se compara ao êxtase da criação.
Como você avalia a cena literária independente do Brasil?
Eu acredito que atualmente temos muitos autores investindo tempo e dinheiro para publicar suas obras, muita coisa boa está sendo escrita, mas ainda falta a valorização do livro por parte das pessoas em geral, para a maioria, ler não faz parte do cotidiano e a aquisição de uma obra escrita não está em seus planos. E o resultado disso é que dificilmente os autores conseguem alcançar com as vendas o valor investido na publicação.