“O Dodecaedro” é o romance da escritora Cleia Dröse que tem Andro como personagem principal. É um rapaz intelectualmente diferenciado, que rompe as fronteiras daquilo que poderia ser chamado de “destino de origem”, ou seja, o que o senso comum espera de alguém conforme sua origem e condição social.
Perguntamos à autora Cleia quais são, na sua opinião, os três momentos mais marcantes do protagonista na narrativa, que toca em temas como geometria sagrada e mistérios do universo. Confira:
1) O ingresso na escolinha rural: Andrinho era especial desde a sua origem. Criado pela mãe, a timidez do menino era um desafio para a família. O padrasto, ao ser inserido no grupo familiar, deu suporte para que o menino pudesse ter uma infância “normal”. O ingresso na escolinha rural, quando precisou enfrentar o primeiro grupo fora da família, onde era amado e aceito com todas as suas peculiaridades físicas e psíquicas, só foi possível devido a perspicácia de Juvêncio Quintanilha.
2) Habilidades matemáticas: No final da infância, Andrinho começa a demonstrar habilidades peculiares, como desenvolver um sistema de numeração com base doze e aplicá-lo na realização de cálculos matemáticos. Cada vez mais, demonstra ser alguém especial, por vezes incompreensível aos olhos dos familiares. Neste período, sua ligação com Rocío é importantíssima e a relação entre os dois possibilita que Andrinho tenha êxito e saia para o mundo.
3) Andrinho nu, meditando, dentro de um dodecaedro transparente: O menino tímido havia concluído a jornada. Enfrentando desafios, viajado, estudado, se tornado um grande cientista, mas ainda lhe falta algo. Volta às origens e aplica o conhecimento de toda uma vida para buscar resolver a última equação. Então, a meditação de Andrinho dentro de um dodecaedro transparente numa colina, no meio de um círculo de pedras, é talvez a ideia mais forte de toda a história. (Quisera ter um dodecaedro e também encontrar algumas respostas através dele).
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