Três momentos marcantes da protagonista Mirna, no romance “Coragem – Substantivo feminino”

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Personagens se tornam marcantes por motivos diversos, seja pela personalidade, por suas virtudes, seja por seus feitos. Mas se o próprio protagonista pudesse destacar seus momentos mais marcantes, como seria? Pedimos para a escritora Verena Rogowski Becker elencar três momentos marcantes da personagem Mirna, do romance “Coragem – Substantivo feminino”, publicado pela Pragmatha. Para conhecer a obra, clique aqui: https://pragmatha.com.br/produto/coragem-substantivo-feminino/

Primeiro momento

Muitos foram os momentos marcantes da principal personagem. Para Mirna concluir, no início da sua aventura, que a companheira de viagem estava morta, foi terrível. Primeiro ela achou que estava só quieta. Depois, quando o homem que atirou virou-a e se ajoelhou arrependido, ela teve que morder a mão para não gritar de raiva e de dor. Pelo seu temperamento, a vontade era correr contra o homem, matá-lo com sua arma, mas não sabia se existiam outros escondidos. Sentindo a vida do cavalo se esvaindo, sabia que estava completamente só. Então reuniu forças durante a noite, pois sabia que tinha uma missão a cumprir e não decepcionaria seu pai. Nunca deixou de cumprir uma promessa e nunca se importou em viajar sozinha pelo resto de sua vida.

Segundo momento

O segundo momento marcante foi quando teve que se humilhar e se sujeitar ao pedido de Rodolfo e se passar por um vassalo que só cuidava dos cavalos, para sua própria segurança. Abafar o sentimento de liberdade e de mostrar que, como mulher, também lutava naquela guerra, foi frustrante. Mas sabia que corria o risco de ser estrupada, como seu pai falara. O medo teve que ser maior que seu orgulho como pessoa humana, com direitos e deveres iguais ao dos homens.  Marcou tanto que se tornou a matriarca da família depois.

Terceiro momento

O terceiro momento foi a volta de Rodolfo para casa, depois de Mirna ter perdido todas as esperanças de reencontrá-lo vivo. Quando viu o que restou da explosão da fábrica, depois de ter procurado em todos os hospitais, havia perdido a esperança. Ter passado o nascimento do segundo filho, sozinha, sem saber como viajar para junto do irmão no Brasil, sem problemas e com duas crianças, foi muito marcante. O reencontro foi seu maior presente e lembrou esse momento até o final da sua vida. Era seu grande amor e a comunicação da morte de Rodolfo no Brasil é uma declaração de amor que é admirada pelos descendentes até hoje.