Tábula rasa

Quando voltará para casa?  Já começam as primeiras cinzas pós brasa, vamos recomeçar tal qual uma tábula rasa?

Entendi sua necessidade de espaço, afrouxei até quase desfazer o laço e não marquei seu passo.

Compreendi sua necessidade de liberdade, por mim está tudo certo, de verdade.

Não farei quaisquer questionamentos, são só seus os vividos momentos, guarde-os com carinho em seus pensamentos e não se preocupe, para mim, estão isentos de julgamentos.

Estou só lhe lembrando que sou seu lar, o porto seguro para onde sempre pode voltar, com plena escolha de ancorar e zarpar da forma que desejar.

Quero ser todo dia sua escolha, jamais uma imposição, e tenha certeza de que a qualquer momento pode mudar de opinião, é seu, todo seu o poder de decisão.

É por prazo indeterminado minha oferta, a porta para você estará sempre aberta e a tórrida paixão sequencialmente sendo redescoberta.

A minha escolha foi você é é irreversível, meu Amor tornou-se inatingível e indestrutível, sequer arranhá-lo, creia, é completamente impossível.

O agora grafite, em um instante retorna ao formato de diamante, essa magia mutante é que é importante, tudo mais se torna tão distante.

Bom, estou a sua espera, hoje, amanhã ou na próxima primavera, eternamente pronto para inaugurarmos uma nova era. 

Por Leonardo Andrade 

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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br