“Romance do andarilho”: o blog aparentemente perdido que virou livro 14 anos depois

Existem livros com boas histórias, não apenas em suas páginas, mas também nos bastidores, na maneira como foram concebidos. “Romance do andarilho”, de Zeca Alves, é um deles. Escritos esporádicos em um blog aparentemente perdido, 14 anos depois, transformaram-se no livro. O autor conta para nós como foi que que tudo aconteceu.

Como surgiu a ideia do livro?

O “Romance do andarilho” surgiu no intento de motivar as pessoas a verem os percalços da vida como forma de aprendizado e superar estes percalços sabendo que acima de tudo está a vontade de Deus. Para isso, eu publicava quase que diariamente os textos escritos na hora em um blog que, por não saber lidar direito e não ter muito tempo disponível para as redes sociais, acabei elegendo outras prioridades e deixando no esquecimento. Para minha surpresa, 14 anos depois um conterrâneo que acompanhava as postagens que eu acreditava estarem perdidas havia salvo todas elas por sentir-se de certa forma motivado através da leitura, me enviou e resolvi materializar o “Romance do andarilho”.

Quais foram suas fontes de inspiração?

As minhas experiências de vida até aqui com erros e acertos e sobretudo minha mãe (Circe Helena Schroeder), cujas qualidades e o caráter estão anexados ao personagem.

Quanto tempo você dedicou à produção e pesquisa?

Foi o tempo das minhas reflexões diárias na época em que resolvi registrá-las com palavras. Não houve pesquisa, pois são fatos reais vividos e testemunhados por mim.

A quem o livro se destina?

O livro se destina às pessoas de boa índole, bom caráter e de personalidade que, mesmo amargando experiências por ora difíceis, jamais deixam de fazer e acreditar no bem comum.

A publicação deixa alguma mensagem especial?

Interpretação de texto cada um tem a sua, mas a intenção é sempre cumprir função social através da escrita e motivar as pessoas a superarem as dificuldades no caminho da existência. A mensagem é que, mesmo não crendo, Deus existe e não faz distinção. O que nos distingue é a maneira de ver as coisas. A mensagem principal é a de que muito mais importante que qualquer religião é a fé que a gente deposita em Deus, sem isso de nada valem as rotulações.