Recomeços

O sol se pôs no horizonte. O dia vai se despedindo. Clara está no cemitério, também se despedindo de sua mãe. Clara é muito jovem ainda, e sua mãe também é jovem. Jovem demais para partir.

Clara fica lembrando as tantas vezes em que ela e a mãe contemplavam o pôr do sol da varanda de casa. Ela tem vontade de chorar, mas não chora. Prefere pensar que esse lindo fim de tarde aconteceu ali para reverenciar sua querida mãe, que tanto gostava desse momento do dia.

Buscando consolo, a moça vai tentando compreender a vida assim: para cada fim sempre pode haver um recomeço. Para cada pôr do sol, uma aurora ali adiante.

Por Marilani dos Santos Bernardes

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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br