Confira o prefácio escrito pela editora Sandra Veroneze para o livro Grãos – Pensamentos vãos e desvãos, que está sendo preparado pelo poeta Leonardo Andrade pela Pragmatha Editora.
Há quem diga que o cotidiano é grávido de inspirações para quem tem a audácia de lançar a ele um olhar poeticamente sensível. O escritor Leonardo Andrade confirma a tese. “Grãos – Pensamentos vãos e desvãos” é de muitas formas uma homenagem ao existir que se aceita e se busca verdadeiro e inteiro em todas suas nuances.
Grão de areia, grão semente, grão como unidade nas películas de filme – seja de foto, seja de cinema. Grão enquanto unidade de medida, grão enquanto potência – de alimento após o germinar. Grão-poeira-cósmica, da qual dizem que somos feitos.
Por outro lado, grão também como manifesto – manifesto à resistência e à displicência. A resistência de ocupar o lugar que é de cada um no universo – com sonhos, desejos, vontades. E a displicência de, nem por isso, levar-se tão a sério assim, pois existe neste mesmo universo tanta coisa que nossas vãs filosofia e poesia nem ousam pensar e conceber.
O fazer poético de Leonardo tem protesto, tem crítica. Tem buscas e inquietações. Por outro lado, destila sentimentos, percepções, e tem aquele sabor de final de tarde em frente ao mar, quando afundamos o pé na areia, respiramos fundo a somente agradecemos – porque a vida é boa.
“Grãos – Pensamentos vãos e desvãos” é livre, e por isso tão saboroso!
Desejo uma ótima leitura!
Sandra Veroneze / Editora