Pausa regeneradora

A primavera chegou, a espera acabou.

Vieram as cores, as flores, o bálsamo para as dores e os sempre inéditos amores.

Apareceram os recomeços, os apreços, outros endereços e adereços.

Ressurgiu a esperança, o vento ensinando uma nova dança e os galhos desfazendo a trança.

A realidade passa a vestir uma nova fantasia, a paisagem vira uma imensa alegoria, o mundo parece buscar uma idealizada harmonia.

Céu e mar alternam matizes azuis; no ar, melodias românticas substituem o blues, em recantos antes escondidos, adentra a poderosa luz.

A hibernação terminou, o mundo acordou, a semente vingou.

As janelas abrem para coloridas paisagens, a vida valida e assume antigas miragens, a alma, mais leve faz etéreas e belas viagens.

O tempo usa pétalas para demarcar sua passagem, a natureza esparge pelos bosques sua colorida mensagem.

Um hiato entre o inverno e o verão, um carinho especial no coração, um recorte de ilusão, uma pausa regeneradora na missão, um descanso e uma preparação para uma inevitável continuação.

Por Leonardo Andrade 

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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br