O cotidiano é uma fonte inesgotável de inspiração para escritores e muitas vezes, inclusive, a realidade supera a ficção. Quem se dedica à escrita em prosa encontra, com alguma frequência, nos fatos do dia a dia os conflitos e tramas necessários para uma boa história. Isso deixa muitos leitores com uma pergunta na cabeça: neste livro, o que é realidade e o que é ficção?
Interrogamos a escritora Giovana Schneider, que lançou pela Pragmatha Editora o romance “No paralelo da vida”. E, sim, existem fatos reais na narrativa, que se apresenta como ficcional. “Bom, o livro é de ficção, mas geralmente pode acontecer de misturar alguma realidade com ficção… Não posso afirmar que acontece com todos os escritores, mas comigo aconteceu neste livro”. Segundo Giovana, o cachorrinho Brad realmente existiu e morreu quando iria completar treze anos. Sofreu três paradas cardíacas e, como lembrança, a autora guarda um pingente que confeccionou com o canino dele.
Em “No paralelo da vida” outro evento relacionado a Brad é criação. Trata-se da cremação do animalzinho. “Na vida real ele não foi cremado. Utilizei esse recurso, pois era algo que, se eu pudesse, eu teria feito”, afirma. “Brad ficou imortalizado no livro, apesar de ter morrido na realidade e também na ficção”, conclui.