Caminhava só, quando sentiu um toque no ombro. Virou-se e se deparou com um senhor, já em idade avançada, a lhe sorrir.
– É você, querida! – disse ele, com a voz embargada.
– Desculpe, mas acho que não o conheço…
Nisso aproxima-se um outro senhor, mais novo.
– Papai, por favor… Desculpe, moça, é que meu pai às vezes passa por alguns episódios demenciais. É a idade…
Antes que Juliana respondesse qualquer coisa, o senhor idoso puxou do paletó uma foto, já antiga, e mostrou:
– Veja, é você, minha querida Aurora! Eu nunca mais a encontrei, mas nunca deixei de amá-la.
Aurora era o nome da avó de Juliana, já falecida há mais de vinte anos. A moça também tem aquela foto, e a semelhança entre as duas é realmente impressionante!
Por Marilani Bernardes
……..
Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br