O espectro noturno

O espectro noturno

Caminhava só, quando sentiu um toque no ombro. Era meia-noite e havia um silêncio celestial no parque. Assustando-se pelo inesperado, José chegou a saltar. Ao virar a cabeça apressadamente não viu nada: nem sombra ou vulto. Parecia estar sozinho naquele lugar. Faltavam alguns metros pra chegar em casa e, mesmo ainda arrepiado, apressou o passo e tentou não dar mais bola… A iluminação dos postes era muito dramática, amarelada e suave. Decidiu usar a lanterna do celular! Segundos depois, sentiu outros dois toques mais leves. Dessa vez, mais gentis. Quando virou a cabeça, um vento rápido passou pela sua testa e, enquanto seus olhos se acostumavam com a iluminação, avistou um ponto branco borrado desaparecendo. Logo tudo voltou ao normal. Achou estranho, mas seguiu seu caminho. Algum tempo depois, ouvindo sua intuição, José olhou pra trás no instante que uma projeção transparente do tamanho de um amendoim se formava e crescia em sua frente, prestes a lhe tocar uma terceira vez. Seus olhos perceberam que se tratava de um inseto, talvez. Ou de um fantasma… Infelizmente, José não teve tempo para compreender o que estava acontecendo e, logo depois, desapareceu. Nunca mais foi encontrado! O senhor que era diagnosticado com esquizofrenia jamais saíra da camisa de força, do sanatório, e sempre alegava ter sido abduzido por alienígenas.

Por Gilberto Broilo

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