Na véspera da sua formatura, ainda buscava estrelas na noite escura, uma certeza de que sua opção havia sido segura.
Não sentia o ápice que havia imaginado, a incerteza tinha chegado e não parecia disposta a sair do seu lado.
Uma fase estava encerrada, a página sendo virada e uma nova era prestes a ser inaugurada.
Agora teria um diploma profissional, mas se sentia preparado para tal? Não havia resposta, só um silêncio abissal. Estava se sentindo como o leitor que fica adiando para não chegar ao final.
Não era segredo que havia um pouco de medo, será que para dar esse passo ainda não era muito cedo?
Respirou fundo, focou no norte, para chegar até ali teve que ser forte, não foi uma questão de sorte.
Precisava honrar cada gota de sangue e suor vertido, cada momento dolorido, cada passo cumprido, cada pequeno troféu erguido. Nunca, em nenhum instante, foi tempo perdido.
O futuro é um livro a ser escrito com o conhecimento adquirido do passado e ele, com toda certeza, estava bem embasado; nada poderia dar errado.
A dúvida é natural e saudável, aquele friozinho no estômago inevitável, mas agora tudo isso é refutável, pois sua conquista é inquestionável, admirável.
Dormiu, fechou os olhos e nem viu a lua sorrindo e acenando para os senões cabisbaixos partindo.
Mais uma batalha vencida, será só felicidade amanhã, no primeiro dia do resto de sua vida.
Leonardo Andrade
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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br