Leia o prefácio que a editora Sandra Veroneze escreveu para a obra “Eternamente 2021”, de Leonardo Andrade:
Heráclito dizia que nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio. Suas palavras atentavam para a impermanência da realidade. Tudo muda o tempo todo. Às vezes as transformações são sutis e não as percebemos “a olho nu”, mas na análise de um arco de tempo é possível demarcarmos pontos de virada que levam a pequenas mudanças de rumo no curto prazo e a um destino totalmente diferente no longo.
É essa a magia de “Eternamente 2021”, de Leonardo Andrade, que transformou um limão não apenas em limonada, mas num mousse delicado e de sabor intenso. O ano de 2021 marcou nossas vidas para sempre. O auge da pandemia produziu dor, desespero, mas também poesia. Desde o primeiro poema, em 01 de janeiro, até seu derradeiro, em 31 de dezembro, Leonardo desenha uma miríade de emoções com as quais nos identificamos e que muitas vezes traduzem aquilo que pensamos, sentimos e a maneira como significamos a existência nesse momento de crise.
No princípio, tudo é indignação. Depois se revela uma fase de recolhimento e instrospecção. O que vem em seguida é a percepção mais espiritual do mundo. A energia de amor então irriga os poemas e, aos poucos, as delícias do cotidiano começam novamente a saltar nos poemas de Leonardo. Cumpriu o ciclo, maturou toda dor, e finalizou a jornada mais maduro e sábio.
“Eternamente 2021” é um presente para nós e para as futuras gerações.
Desejo uma ótima leitura.
Sandra Veroneze | Editora