Lado a lado

– O senhor poderia dar licença?

– O que disse?

– Há outros bancos na praça, rapaz, e estão vazios. Por que não escolhe um deles?

– É só um instante, senhor, eu prometo. Posso?

– Desde que não atrapalhe minha leitura.

– Muitíssimo obrigado, senhor!

Voltando-se para o jornal, o homem foi para a ponta do banco, e eu sentei na outra.

Que idade ele teria?, pensei, enquanto pegava uma balinha na minha mochila.

Aí suspirei, como sempre…

Como devia ser bom ter um avô!

Por Hélio Sena



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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br