“Era ali mesmo que queria chegar. Simples, cotidiano, feminil. Era isso!”

A escritora Franciely Sampaio é autora de “Anfêmer(a)”, publicado pela Pragmatha Editora. Saiba como foi o processo de concepção da capa: as fontes de inspiração, o processo de produção, simbolismo e particularidades:

“Quando eu ia visitar um antigo namorado, ele me levava à praia. Com ele conheci a minha Barra e depois disso todas as histórias tinham como plano de fundo aquela paisagem. Nessa mesma época, me apaixonei por Gal e Vinícius, e tinha uma música em particular que encaixava perfeitamente naquela paisagem dos sonhos.

Então, quando organizei o livro, eu já tinha em mente o mar. Para mim, o anoitecer era o momento de leitura de cada um dos textos, e aquela era a trilha e o cenário. O anoitecer laranja mesclado de rosa, que só o Espírito Santo proporciona, me inspirou inúmeras vezes. E essa era a intenção das cores de capa, o anoitecer daqui, e, claro, o que não podia faltar.

Conversando com o designer, um amigo querido que já queria no projeto desde o início, expliquei as possibilidades e ele me pediu um modelo. Encontrei uma silhueta e um fundo muito parecido com o que eu planejava, e a virada de chave foi enviar a boneca do livro para que ele conhecesse o trabalho. Em questão de dias, Kall desenvolveu a mescla de cores e desenhou à mão o que montaria na capa. Quando ele me trouxe o feedback do livro, entendi que era ali mesmo que queria chegar. Simples, cotidiano, feminil. Era isso!

Até hoje, a primeira coisa que encanta o público no livro é a capa. É mais do que eu esperava. A capa conversa com o leitor, antes de mim, e cara, isso é lindo!”