A escritora Sandra Regina de Alencastro Lima publica pela Pragmatha Editora o seu Diário da Tradição Gaúcha. A obra tem por objetivo trazer à tona e discussão alguns dos principais elementos da tradição vivida no cotidiano. Em seu segundo capítulo, o livro que é publicado em formato aberto, sendo construído de forma compartilhada, apresentou brincadeiras antigas. Conta pra nós, utilizando o formulário abaixo, se você ainda cultiva brincadeiras antigas em casa e quais! Sua contribuição será publicada logo abaixo do formulário. E já aproveite para conferir o que mais pessoas apaixonadas pela cultura do Rio Grande estão dizendo!
Renata da Costa Pinto: “Na casa do tio Noé, aconteciam nossos melhores encontros de primos. Lá se brincava de pic esconde, gato cego, mancha paralítica e tantas outras brincadeiras. Mas a nossa favorita, acreditem, era uma cantiga de roda, pois todos queriam fazer o “Pai Francisco” mais engraçado. Os meninos eram peritos e as meninas amavam, pois naquela época ver eles assim tão brincalhões era raro. Guardo ainda na lembrança nossas fazendinhas de graveto e os bois de lasca de árvores, tempos remotos esses… Tio Noé já não está entre nós, alguns primos também não, mas essas memórias afetivas das brincadeiras são tão vívidas quanto a sensação de caçar vaga-lumes e ter o vidro mais iluminado.
Adriana Richter Schneider: Nasci e cresci na cidade. O campo era local de passeio. Brinquei de fazer bonecas, de fazer comidas, de bibloquê, de roda, pega-pega…uma infância bem feliz.