Degustação | Capítulo “Há vagas para…”, do livro “Negociando com sua voz interior”

O psicanalista Jorge Luiz Krolikowiski, pela Pragmatha Editora, lançou o livro “Negociando com sua voz interior – Menos ideias limitantes e mais qualidade nos pensamentos”. A obra navega de forma prática nas inquietações contemporâneas. Confira o capítulo que versa sobre desafios no mercado de trabalho.

Tudo está mudando rapidamente com os maravilhosos avanços da tecnologia.
O que não está acompanhando com a mesma rapidez esses avanços é a capacidade emocional de parte dos seres humanos.
Em função dessas mudanças rapidíssimas, o mercado de trabalho tem sido cada vez mais exigente… E o mercado é formado pelos seres humanos.
Sendo o mercado cada vez mais exigente, acaba por exigir das empresas cada vez mais rapidez nas reações.
E o mercado exigente cria dentro das empresas exigências na qualificação de seu pessoal, para que tudo ande de forma mais rápida e azeitada.
E sabem quem se dá mal nessa situação? Serão os despreparados tecnicamente ou os despreparados emocionalmente?
Os despreparados emocionalmente.
Isso vai acontecendo a cada dia que os robôs entram no mercado. Imagine o que vem de conhecimentos técnicos com a IA.
Os robôs não têm crises de ansiedade, não são tomados pela depressão, pelo estresse ocupacional, nunca terão síndrome de Burnout, síndrome do pânico…
E os seres humanos, cada vez mais, têm problemas de saúde mental.
E aí o que passa a ser um desafio interessante, pois os robôs terão a qualidade técnica.
O que o mercado vai precisar?
De seres humanos com mais saúde mental e equilíbrio emocional.
Cada vez mais as pessoas com problemas emocionais serão demitidas, essas não serão promovidas, essas terão cada vez mais dificuldades de arranjar empregos…
O ser humano que não tem “maturidade emocional” sofre as consequências.
Essas exigências do mercado vêm se alterando rapidamente, temos que cuidar muito das questões da nossa inteligência emocional.
Cada vez mais estará sendo determinante nas empresas as escolhas de profissionais eficazes, que não criam problemas com colegas, que se adequam às necessidades da empresa e da função. Que sejam criativas, que saibam trabalhar em grupo.
A nova realidade do mercado vai exigir que a meritocracia mude, e ela está mudando, e temos que conviver e nos preparar para essa realidade.
Quantas vezes ainda escutamos alguém falando:
— “Não aguento mais minha empresa!”. — Essa pessoa está dizendo em outras palavras: — “Não tenho maturidade emocional para trabalhar nessa empresa”.
Pessoas com esses pensamentos estão ficando fora do mercado de trabalho.
Os problemas profissionais na grande maioria das vezes não são os chefes, não são os colegas de trabalho, não são as normas, não são os salários… É a falta de preparo emocional. É a saúde mental com problemas.
As grandes oportunidades estão cada vez mais ligadas à maturidade emocional e inteligência emocional no dia a dia.
Quando a exigência técnica é muito alta, esse profissional vai ser preservado, mas são casos excepcionais dentro da empresa. Portanto, se você não é um desses “super dotados tecnicamente”, invista o mais que puder em maturidade emocional.
E pense também na importância da maturidade (inteligência) emocional na dificuldade de conseguir emprego, na relação com parceiro(a), pais, filhos, familiares, amigos, redes sociais, etc.
Pessoas com dificuldades emocionais não aceitam essa realidade, detestam esse tipo de texto, pois não percebem a realidade, e principalmente por esse motivo não procuram ajuda…