O despertador tocou às 5h30min, e a continuação da desgraça dela começava de novo. Era sábado letivo, e as duas linhas de ônibus que ela costumava usar não estavam operantes. Nem Deus sabia como ela chegaria à escola. Os “anjos”, em sua totalidade, estariam esperando por ela?
À tarde, o “bico” de manicure já contava com três clientes.
O que mais a preocupava era o período da noite, pois, como não havia mais receitas para a compra de Rivotril, o desespero pelo sono pesado deixá-la-ia acordada até o amanhecer de domingo, dia em que receberia a sogra para almoçar.
Como viver?
Por Márnei Consul
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Texto integrante do projeto de exercício literário proposto pela Pragmatha Editora em suas redes sociais. Participe! Em caso de dúvida, converse com a editora Sandra Veroneze pelo e-mail sandra.veroneze@pragmatha.com.br