O Centro de Escritores Lourencianos lançará, em outubro, mais uma edição do projeto Nossa Gente – Nossas Histórias, desta vez em homenagem à comunidade do Boqueirão, de São Lourenço do Sul. Confira a Apresentação da obra.

Registrar a história de uma comunidade é uma atitude grandiosa. Mas quando os próprios moradores buscam escrever suas memórias, a obra literária atinge um patamar elevado, que retrata sem dúvidas a transformação do local.
Esse é o propósito da 4ª edição do projeto literário Nossa gente, nossas histórias, organizado pelo CEL – Centro de Escritores Lourencianos, e que nesta edição apresenta textos escritos por pessoas que têm ou tiveram vínculo com a comunidade do Boqueirão, atualmente primeiro distrito de São Lourenço do Sul.
Escrever sobre o Boqueirão é resgatar o passado da formação do município. Pode-se afirmar que o Boqueirão é um território que pulsa histórias e tem a marca de diversas etnias.
Antigamente, pertencia a Rio Grande e após passou a ser uma freguesia de São Francisco de Paula (atualmente Pelotas). Teve em seu passado o registro de combates da Revolução Farroupilha próximo a sua majestosa igreja, essa construída inicialmente por volta de 1830.
Com o passar dos anos, Boqueirão era o acesso (ligação) necessário entre a Colônia de São Lourenço (terras adquiridas por imigrantes europeus) e a Vila de São Lourenço, que dispunha de um grande porto comercial de veleiros para escoamento da produção agrícola.
O desenvolvimento passava pelo Boqueirão. Isso tudo resultou na emancipação do município, deixando de pertencer a Pelotas. E em 26 de abril de 1884, através da Lei 1.449, Boqueirão foi elevado a município, denominado de Nossa Senhora da Conceição de Boqueirão, sendo as divisas com freguesia de São Lourenço.
A sede do Município só passou para a área próxima do Arroio São Lourenço em 15 de fevereiro de 1890. O status de cidade foi alcançado em 31 de março de 1938, como município de São Lourenço do Sul e Boqueirão se tornou desde à época 1º distrito.
É possível afirmar que o Boqueirão é um local que germina constantemente a história. O leitor poderá constatar isso através dos belos textos escritos por quem faz parte dessa irmandade que sempre teve como norte em suas vidas a igreja de Nossa Senhora da Conceição e do Divino Espírito Santo.
Boa leitura!
Cleia Dröse
Rodrigo Seefeldt
Wilmar José da Fonseca
Comissão Organizadora
09/09/2025