Confira três elementos simbólicos e seus significados presentes em “Sob o signo da águia”

Um texto não comunica apenas pelas palavras, mas também pelas entrelinhas, pelo subtexto, e por todo contexto simbólico. Quando a obra é escrita por uma psicóloga, esses contornos ganham novas e mais profundas camadas. É o caso de “Sob o signo da águia – Semeando recomeços”, escrito por Loiva Tessmer Büttow e publicado pela Pragmatha. Selecionamos três elementos simbólicos presentes na obra e seu significado. Confira:

Naufrágio – Alguns acontecimentos transformam totalmente o viver humano, iniciando-se uma luta diária em defesa e manutenção da própria vida em todos os aspectos: físicos, emocionais, sociais e espirituais, que podemos definir como pilares existenciais. Nossos personagens vivenciam este processo quando naufragam, após forte tempestade, e chegam numa terra desconhecida, num bote salva-vidas, com o mínimo de pertences necessários à sobrevivência.

Gruta/caverna – Refúgio numa cordilheira que contém segredos e bagagens de vidas e experiências passadas. Contém cenários de luz, de cores, de criações e inscrições de seus moradores. Mesmo pouco habitada e conhecida, tem sintonia com o lado de fora, com a vida consciente e que segue evoluindo. Seria como o ID, o inconsciente, que existe em cada um de nós, dos humanos.

Desfiladeiro – Passagem entre montanhas da cordilheira; ligação de território banhados pelo mar. Por vezes é navegável, outras vezes se torna perigosa quando ocorrem inundações e turbulências em seus rochedos e nas tempestades ou variações do clima. Sua travessia exige coragem e planejamento para ser segura. Bons remadores conseguem ultrapassá-lo com suas canoas em travessias bem-sucedidas. Assim também são algumas passagens da existência humana.