A escritora Rosana Batista Almeida prepara para publicação, seu segundo livros de poemas, “Cartas trocadas”. Nesta entrevista, ela fala sobre o processo significativo e o papel que representa o livro em seu sistema de crenças e visão de mundo.
Como surgiu a ideia do livro?
Este livro, intitulado “Cartas trocadas”, traz a ideia de que estamos percorrendo o campo do simbolismo nas nossas relações com o mundo e com as coisas (a ideia do equívoco, daquilo que está subescrito).
O que os versos dizem de você?
Prefiro que cada leitor pergunte a si: como cada verso ressoa em mim?
Tem algum poema ou prosa poética preferida?
Fica difícil citar um apenas, mas, quem sabe, o poema “Equívoco”. Observe o trecho:
Não trabalho a superfície
Penetro as camadas
onde o submarino persiste em disparar o pranto da noite.
Qual a mensagem que a obra passa?
A minha atenção parece estar em dizer, escrever, de forma aparentemente exata e enxuta, mas para dizer sobre o além das palavras, neste campo do imprevisível e ilógico (cartas trocadas)… Os versos mostram uma busca incessante de saber sobre as coisas, as pessoas e sua relação com o mundo. Há, por exemplo, a presença de crítica em relação à realidade e ao comportamento das pessoas neste mundo, por vezes, inundado pela técnica e tecnologia – crítica aos modelos, aos automatismos. Assim, mostra uma mente em busca de investigar em profundidade o que vê no mundo. Certamente, esses são alguns dos pontos importantes do livro.
O que representa, pra você, a publicação?
A publicação representa um fluxo de escrita iniciado há muito tempo, que se faz sob forma de mais um ápice, com esta produção. É, também, uma forma de me comunicar com as pessoas de forma bem peculiar. Representa um grande presente.