Boleadeiras exerceram influência na fala popular

Tanto as boleadeiras como o laço e tantos outros objetos de uso diário de nossos ancestrais deixaram uma impressão profunda na fala corrente do país. Quem afirma é Sandro Bertazo, autor do livro Três-Marias – Boleadeiras da Caça à Arte, publicado pela Pragmatha Editora. Segundo o autor, frases, ditados, refrãos e expressões circulam pela boca do povo de hoje como se aqueles objetos ainda se fizessem presentes nas tarefas atuais.

Um exemplo é a expressão “cair em boleada”, que significa pagar o justo pelo pecador, cair em golpe tendo culpa ou não. O termo, segundo Sandro, é proveniente da época das caçadas, quando as boleadeiras eram a arma essencial e a extraordinária quantidade de homens utilizados na tarefa fazia com que no arraste caísse toda fauna ao passar, sem eleição, qualidade nem quantidade.

Outra expressão é “boleado”, que significa aprisionado pelas boleadeiras. No sentido figurado entende-se como desorientado, confuso, explica o autor. “No campo define-se como empinar-se o cavalo sobre as patas e cair de lombo.”

Mais expressões de uso popular decorrentes da influência das boleadeiras podem ser conferidas no livro (contato para compra WhatsApp 55 99640-2144).