Aspectos de economia, ideológicos e religiosos figuram entre as causas da Revolução Farroupilha

Quando o escritor e pesquisador Luís Eduardo Souza Fraga se propôs a investigar a história de sua cidade, Barra do Ribeiro (RS), foi inevitável trafegar pela Revolução Farroupilha, que aconteceu há dois séculos e que ainda hoje inspira ideais e o jeito de ser do povo gaúcho. Em seu livro “A origem de Barra do Ribeiro e seu contexto na Revolução Farroupilha”, com publicação pela Pragmatha Editora, um capítulo especial é dedicado às razões que levaram a população a pegar em armas e buscar autonomia e independência para decidir os rumos do estado.

Luís Fraga lista causas econômicas, ideológicas e religiosas. Uma das principais é constituída pelas altas taxas alfandegárias para escoar a produção da província para o restante do país, principalmente o charque. O escritor também cita a grande circulação de moeda falsa na Província e a falta de alta de estradas e escolas.

“Também havia uma grande decepção com a Constituição de 1824, quando o imperador D. Pedro I destituiu o Congresso e, a portas fechadas, junto com um pequeno grupo, redigiu a nova Constituição do Brasil. Decepção também com o Ato Adicional de 1834, que alterou a Constituição, concentrando excessivamente o poder na Corte”, afirma Luís.

Também havia um conflito aberto entre a Igreja do Rio Grande do Sul e a direção católica, estabelecida no Rio de Janeiro, pois a Igreja da província desejava ter mais autonomia e também o poder de escolher seus líderes, garante o escritor. Para ele, ao analisarmos as causas da Revolução Farroupilha verificamos que se tratou de um fenômeno político, econômico e social complexo.

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Imagem: Armazém de Charque (Debret)