A escritora Elza Melo está lançando, pela Pragmatha Editora, sua obra “Amor de poesia”. Trata-se de uma seleção de poemas escritos ao longo de sua vida. Elza Melo é membro titular da cadeira Nº 11 da Academia Capanemense de Letras e Artes – ACLA, acadêmica correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG, acadêmica correspondente da Academia ALPAS 21 – Cruz Alta – RS e Acadêmica da AVAL – Academia Virtual de Arte Literária. Nesta entrevista, ela fala sobre seu processo de escrita e o significado de “Amor de poesia”.
Quem é Elza Melo?
Sou uma mulher de muita fé, apaixonada pela vida, pelo ser humano. Nunca selecionei pessoas, amo as pessoas, amo viver, olhar a vida com bons olhos, muito emotiva, persistente nos sonhos e projetos. Carrego em mim alegrias, mesmo em dias acinzentados. Tenho muitos defeitos, mas gosto de ser melhor a cada dia, porque o amor tem me tornado um ser melhor. Isso é exercício diário. Com o tempo essa relação de ternura pelas coisas suaves me levou pelos caminhos da escrita, porque comecei a escrever o que transbordava na alma, daí senti a necessidade de espalhar meus versos independente das circunstâncias. Sou graduada em economia e atualmente trabalho como analista contábil. Sou mãe, esposa, filha, sou uma mistura de muitas mulheres, na essência uma guerreira como todas as outras. Como escritora, procuro demonstrar através das minhas poesias essa intensidade que habita em mim.
Em que momento você se descobriu poeta?
Comecei a escrever no início da adolescência. Por alguns anos escrevia esporadicamente, porém em 2010 recebi o convite para conhecer a ACLA – Academia Capanemense de letras e Artes. Foi um dia pra se guardar nas minhas melhores lembranças. A partir desse encontro tive a necessidade de voltar a escrever. Foi exatamente nesse período que renasceu a escritora Elza Melo. As coisas aconteceram de forma tão intensa que em maio de 2013, três anos depois, estava assumindo a Cadeira Nº. 11 dessa academia, a qual tenho honra em fazer parte.
Como é seu processo de escrita?
Minhas inspirações vêm de lugares que às vezes, quando acabo de escrever, nem acredito que foi realmente eu que escrevi. A maioria das minhas inspirações são reflexo do imenso amor que vive em mim. Sempre digo para as pessoas que a vida só tem de fato sentido quando conseguimos olhar o lado bom de tudo. Descobri com isso que posso escrever me inspirando em muitas coisas a partir do momento em que consigo extrair delas o lado bom, às vezes triste, cinza, a maioria com belíssimos coloridos. Enfim, meu processo de escrita é sempre inspirado em fatos afetuosos e amáveis.
O que a literatura representa na sua vida?
Sou fascinada por literatura. Sempre amei ler, me aprofundar nas letras. São vários autores e leituras. Clarice Lispector, por exemplo, é uma leitura quase que diária. Sou encantada por tudo que ela narra da vida, do amor, do ser humano. Leituras leves e também intensas, que certamente somam com meus sentimentos e me tornam uma pessoa melhor, mais amável e feliz. Sempre gosto de citar que a Clarice escrevia versos que moram em mim. Enfim, sou uma caçadora de leituras que me provocam calmaria na alma.
Pode-se dizer que seu livro traz uma mensagem de empatia e amor?
Com certeza. Sempre que busco uma leitura ou assisto a um filme eu quero sempre algo que seja romântico, amoroso. Sempre foi assim. O livro Amor de Poesia foi escrito a partir desses sentimentos bons que sempre perambularam minhas melhores emoções. Às vezes chamo isso de vocação, talento, herança de mãe. Minha mãe sempre teve talento para a arte literária. A mensagem do Amor de Poesia revela exatamente minha vivência, meus amores, as coisas que vivencio no meu cotidiano. Cada poesia que nasce, sei que vou tocar o coração de alguém, porque não escrevo só pra mim, escrevo para as pessoas. Quero que elas se deleitem na amorosidade que descrevem meus versos. Isso é muito gratificante. É intenso e especial pra mim. Escrevo e vou continuar escrevendo, porque existe em mim uma junção de amor universal, que desenha minha alma e que precisa muito ser compartilhado, se não existir empatia, o amor é apenas uma palavra.
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