A construção da Paz como tarefa cotidiana

A construção de um mundo com qualificada cultura de paz depende de consciência e depende também de ações práticas. Saiba o que os autores da antologia Poetas pela Paz, da Editora Pragmatha, fazem no seu dia-a-dia para a construção de um mundo com relações mais harmoniosas e saudáveis.

Marilu Queiroz

“A paz vem de dentro para fora… Então procuro ser sempre cordial, falar e agir de forma coerente. Se cada um fizer a sua parte, a paz será instaurada e virará uma rotina e não uma utopia”.

Nelson Fernandes

“Algo que fortemente acredito ser contribuidor da paz e pacificação nos meios em que convivo se resuma em uma palavra: respeito. Uma vez que coloco este valor no centro da minha vida, entendo minhas limitações para com as outras pessoas e para com algo desconhecido ou  novo, o que me dá a capacidade  de, se não compreender, ao menos de entender o que se passa nas situações quaisquer que sejam, me mantendo  com serenidade, na maior parte do tempo possível.”

Rosalva Rocha

“No meu dia-a-dia busco a paz nas pequenas coisas: no arroz bem feitinho, no grafite que retoca o meu desenho, na palavra dita com leveza, no amor pelas minhas plantas e no pensamento firme de que a paz é o objetivo maior para um mundo melhor.”

Daniel Gomez

“Além de poesia, que é algo que nos propõe pensamentos e tranquilidade, no convívio com as pessoas é muito importante a serenidade, ouvir mais e responder o que apenas for essencial. A paz começa dentro de nós e os nossos atos são os que nos representam”

Jania Souza

“Procuro promover a paz a partir do meu interior e compartilho através da escrita essa experiência com crianças e adultos em meus livros, falas e ações, procurando ser coerente com uma atitude pacífica ante os desafios da vida”.

Rosa Acassia Luizari

“Divulgo a paz não apenas como conceito, mas como objetivo de vida a ser praticado entre todos os povos, em ações locais e globais. É necessário encontrar caminhos para efetivar projetos voltados à promoção da paz universal, a começar em lugares onde possamos ser ouvidos mais de perto e por um público menor e, gradativamente, nossa voz será compartilhada por aqueles que compreendem a relevância do coletivo para a execução de ações reais e possíveis”.

Maria Antonieta Gonzaga

“Ministro aulas para os aspirantes de Sion – na Casa de Formação São José dos padres de Sion. Também para os postulantes no Seminário Santa Cruz dos Padres Cavanis. Em todos os momentos conversamos, orientamos, sobre os valores humanos, como respeito, solidariedade, fé, esperança, amor e a paz tão necessária para se viver alegre e feliz”.

Adriano Soares

“Pratico e ensino Tai Chi Chuan. Acredito que a paz deva surgir de dentro para fora. O tai chi favorece o autoconhecimento e exercita o silêncio. O silêncio é a morada dos anjos…”

Rita Queiroz

“Além da poesia, que para mim é sair de mim e ir ao encontro do outro, na mais pura essência, busco, na medida do possível, manter o equilíbrio e evitar contendas inúteis. O silêncio é tão poderoso que não sabemos usá-lo. Muitas vezes, silenciar e recuar significam manter a paz. Se não gostamos de algo, podemos evitar o contato. Se alguém nos despreza por qualquer razão, deixemos que o tempo cure as feridas. Em qualquer situação, respirar fundo e seguir.”

Tauã Lima Verdan

“Acredito que a paz é um processo contínuo e que requer, antes de tudo, o autoconhecimento. É a capacidade, a partir do momento que se conhece, de reconhecer a humanidade em cada semelhante e entender que o processo de evolução é diário e requer, de cada um de nós, tolerância, respeito próprio e mútuo, compreensão e menos julgamento. Enfim, o processo diário de fortalecimento da paz requer a capacidade inicial de encontrar paz dentro de cada um de nós”.

Marisa Burigo

“Na atual situação mundial, através das redes sociais, procuro acalmar as pessoas. O vírus se espalhou. É fato. A histeria coletiva é resultado do medo do desconhecido, portanto, justificável. Já ocorreu antes. O que precisamos fazer é tratar as pessoas menos esclarecidas com respeito, para que se tranquilizem. Como disse Charles Chaplin: Tudo passa nesta vida, até nossos problemas. Sigamos seguros, calmos. Cada um fazendo sua parte”.

Tchello d´Barros

“Já atuei como mediador de conflitos numa instituição, atividade que hoje exerço informalmente, sempre buscando a harmonia entre as partes e ao mesmo tempo promovendo uma cultura de paz. Criar dentro de si uma postura de tolerância e estimular na sociedade um estar-no-mundo pacífico e não-belicista não é uma utopia, mas um conjunto concreto de saberes e fazeres que podemos praticar no cotidiano”.