“A cerimônia do lançamento de um livro é um momento muito jubiloso”

O escritor Samuel Alencar publicou pela Pragmatha Editora seu segundo livro de poemas, “Relicário das Emoções”. Nesta entrevista para a editora da Pragmatha, Sandra Veroneze, ele fala sobre seu processo criativo, objetivos da obra e os desafios do papel existencial “escritor”.

Como surgiu a ideia do livro?

A ideia para eu publicar o Relicário de Emoções veio quase que por pressão dos amigos e leitores que conheceram o Orgasmo Poético. Sempre me cobravam o segundo livro; outros leitores diziam já está na hora do segundo. E com o incentivo da Conceição Maciel, que me propôs a me ajudar no que fosse preciso, eu resolvi editar o Relicário de Emoções, sobre o qual eu digo que eu sendo o pai da obra, e a Conceição Maciel é a mãe, pela sua imensurável ajuda na logística e etc…

Como é seu processo de criação?

O meu processo de criação não tem um próprio método definido. Às vezes vem de estalo uma ideia, daí eu passo a rabiscar minhas poesias ou crônicas. Sexta-feira da paixão eu estava hospedado numa pousada na praia de Salinas, minha esposa abriu logo ao amanhecer a janela do quarto, eu vi o céu nublado e um silêncio sepulcral próprio da Sexta-feira da paixão. Eu estava deitado na cama, olhando o céu cinzento, e me veio inspiração, então eu fiz um poema. Hoje eu me acordei às 05 horas para ir ao banheiro. Lembrei que era a data do aniversário da minha neta, sete anos. Voltei para a cama, mas não saiu da minha cabeça a vontade de fazer uma poesia para homenageá-la. Não consegui mais dormir e em meia hora já estava pronta a poesia.  Antes deu ter meu celular a minha disposição para escrever eu desperdicei muitas ideias que me vinha na cabeça e depois eu esquecia. Minha esposa dorme ao meu lado eu não ia incomodá-la escrevendo no celular pelas madrugadas, e esse era o momento que mais me brotava ideia de um poema.

Há algum texto de sua preferência?

O meu texto preferido, que eu considero uma obra-prima, é o poema “Ao lírio gracioso” e  “Magnas Letras Portuguesas”, ambos do meu primeiro  livro. No Relicário de Emoções há alguns poemas que eu considero bons, mas “As meninas dos meus olhos” é o que mais me agrada, por ser um desabafo político muito sutil; tem que ser lido nas entrelinhas a minha mensagem.

A obra pretende deixar alguma mensagem?

A pretensão da obra a priori é um entretenimento de lazer, mas tem mensagem, sim.  Mas eu prefiro que o leitor busque descobrir as mensagens de fundo. O Relicário é eivado de saudosismo, essa mensagem está muito patente e óbvia.

O que mais o alegra, enquanto escritor?

O que mais me alegra enquanto escritor são os comentários elogiosos, que me deixam muito emocionado. As felicitações e os abraços da noite de autógrafo para mim não há dinheiro que pague. A cerimônia do lançamento de um livro é um momento muito jubiloso.  Você mesma já fez comentários elogiosos sobre algumas poesias minha contidas no Relicário. O seu comentário me tocou bastante, me deu combustível para eu seguir a carreira literária.