A água começou a bater na cintura, logo estava acima do peito e logo eu estaria submerso. Não sabia que o rio era tão profundo naquele ponto.
Desesperado, comecei a gritar por socorro.
De repente me vi sendo içado por alguém ou alguma coisa e sendo lançado para fora do rio. Desfaleci.
Depois de alguns momentos consegui recobrar os sentidos. Como eu fui parar lá? Quem me salvou? Deus? O Anjo da Guarda? Alguma divindade das águas?
Muitos anos depois retornei àquele lugar e tive a sensação de que alguém me acompanhava, mas não via ninguém. Então tive a sensação de que, estando naquele lugar, nunca estaria sozinho.
Por Marilani Bernardes
- Texto integrante dos exercícios literários propostos pela Pragmatha Editora em suas redes sociais aos domingos