Quando se fez versos, o sentir-estetizar de Giovana Schneider se assumiu mulher, se fez brisa e dor, se fez esperança… Alforriou-se das rimas e dançou sobre a mesa de bar e também na calmaria de um pôr de sol à beira-mar, no eco de uma risada larga e gostosa. Registrou momentos e eternizou perceberes, intuíres. Nas incompletudes, marcou seu território. Afinal, o que é a vida senão reticências, à espera do devir, do vir a ser?
Ler os poemas de Giovana Schneider é relaxar um pouco. É soltar o nó da gravata, caminhar descalço na grama do parque, aceitar como poesia que não temos controle de tudo, apesar de podermos (e devermos) sonhar. A verdade expressa em seus poemas tem jeito de primavera, final de tarde, pandeiro e gente bamba, que varre a madrugada de alegria, mas que levanta cedo no outro dia e mostra pra vida quem é mesmo que manda.
Que verdades um verso compreende? Ou explica? Até se justifica, às vezes, quando necessário? A resposta está no momento, nos poemas de cada momento.
Desejo uma boa leitura! Deguste! Aproveite!
Sandra Veroneze
Editora
- Carta ao Leitor / Prefácio da obra Poemas dos Momentos, de Giovana Schneider
- Foto: Fabio Klippel