A escritora Pri Ferreira sonhava desde os 10 anos em ser escritora. Tudo começou com um pequeno bilhete em forma de versos que deixou para sua mãe. Hoje, com diversos livros publicados (Anaya e A quilombola Maria Lina) pela Pragmatha, trabalha para alcançar mais leitores. Confira a entrevista sobre como Pri se sente no papel existencial de escritora.
Quando você se deu conta de que queria ser escritora?
Aos 10 anos escrevi essa frase para a minha mãe: “Mamãe querida, a rosa da minha vida. Desde então, comecei a escrever poesias.” Sempre li muito, desde os cinco anos de idade, e isso colaborou muito para que eu criasse os meus textos.
Você tem manias ou superstições enquanto escritora?
Não tenho nenhuma mania, mas tenho o costume de ver alguma palavra que me causa inspiração ou sonhar com algo, e eu sempre anoto isso em um caderno ou no meu celular, para desenvolver o meu texto depois.
Qual seu maior sonho, como escritora?
Meu sonho como escritora é que a minha escrita atinja o maior público possível. Que os meus livros percorram principalmente as escolas públicas e que as crianças negras se sintam representadas, ao ver uma escritora negra ou por se identificarem com as histórias dos meus livros.
Que etapa da produção de um livro você mais gosta?
A etapa que mais gosto é do trâmite com a editora. Quando sinto que o livro está quase saindo do forno.
Como você avalia a cena literária independente do Brasil?
Na minha opinião, evoluiu bastante em comparação aos anos em que eu era criança ou adolescente. Hoje em dia temos um pouco mais de acesso, podemos ler livros gratuitos, existem diversos aplicativos literários também e cada vez mais vemos os jovens produzindo com o auxílio das redes sociais, como o Instagram, Facebook e TikTok, onde existe espaço para os produtores de conteúdo postarem seus textos e criarem clubes de leitura. Eis algumas vantagens do avanço tecnológico.